Autoridades apresentaram dados para estreitar os laços entre nações africanas e o país

Foto: Luís Gustavo Prado/Secom UnB


Aconteceu nesta quarta-feira (22), no auditório da reitoria, o “Ateliê sobre o futuro da África e suas relações com o Brasil”, realizado pelo Núcleo de Estudos do futuro da UnB. O evento  teve o objetivo fomentar o debate sobre ações de incentivo à cooperação entre os povos.

 

Estiveram presentes o reitor Ivan Camargo, autoridades internas e externas, além de representantes de embaixadas de países africanos.

Foto: Luís Gustavo Prado/Secom UnB


Solly Tshivhula, conselheiro político da embaixada a África do Sul no Brasil, diz que a presença de países da África em eventos como o de hoje é essencial para o estreitamento da ligação entre os povos. “Podemos conhecer mais sobre o que o Brasil pensa sobre a África e assim poderemos intensificar o diálogo entre nossos povos”, observa.

 

O coordenador do Núcleo de Estudos do Futuro, professor Isaac Roitman, conta que o evento é muito importante para o futuro das relações entre o Brasil e as nações africanas. “Quando promovemos essa discussão podemos estar formando replicadores dessas idéias. Imagine o que pode ser feito quando existe essa cooperação institucional?”, indaga.

 

Denilson Jorge, diretor do departamento da África no Ministério das Relações Exteriores fez uma palestra sobre a presença do Brasil na África.  Ele enfatizou que o Brasil possui embaixadas na maioria dos países africanos e que o tema tem sido cada vez mais objeto de pesquisa no país. “Há além do aumento de turistas brasileiros em países africanos, há um crescente número de trabalhos acadêmicos sobre o assunto”, enfatizou.

Foto: Luís Gustavo Prado/Secom UnB


O diretor do Instituto de Relações Internacionais, professor José Flávio Saraiva, autor de 13 livros sobre a África defendeu não só a presença brasileira em países africanos, como expandiu sua tese para outras nações. “Todos os países deveriam ter embaixadas da completude dos Estados em seus territórios”, disse. Ele citou ainda exemplos de cooperação internacional, como o treinamento da marinha Angolana no Brasil.

 

A última palestra, proferida pelo pesquisador associado do Núcleo do Futuro do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, professor Neantro Saavedra-Rivano, expôs as idéias de que já fomos um continente só e que o Brasil é um dos maiores países africanos da nossa civilização, em decorrência da presença massiva de afrodescentes.

 

O professor Manoel Formiga mediou o debate após as palestras. Houve participação de profissionais da área e de estudantes interessados no tema.