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Instituição ajudou a elaborar proposta a ser submetida para aprovação do CNE. Resultados estão sendo apresentados em congresso nesta semana

Representantes da UnB e de outras instituições ligadas à educação discutiram implementação de currículo para educação de bilíngue de surdos na abertura de congresso internacional sobre temática. Foto: Naiara Demarco/Capes

 

O ensino do português como segunda língua para surdos no Brasil está prestes a conquistar um importante marco: a implementação de um currículo nacional, para os ensinos básico e superior. A construção do documento teve participação de professores, estudantes e técnicos da Universidade de Brasília. Os resultados estão sendo apresentados nesta semana, durante o I Congresso Internacional sobre o Ensino de Português como Segunda Língua para Surdos.

 

"Em menos de um ano, os grupos responsáveis pelo estudo do assunto elaboraram esta proposta. Trata-se de um avanço sem precedentes na história da educação de surdos, que coroa uma escalada de pesquisas significativas", comemorou a diretora do Instituto de Letras (IL), Rozana Naves, hoje (9), na abertura do Congresso.

 

Ela também destacou a importância da relação entre universidades e escolas para a melhoria da educação como um todo. "Os ensinos básico e superior devem caminhar juntos. É nas universidades que formamos os professores para a educação básica. Também é essencial valorizar a profissão docente, em todos os níveis", disse ela, lembrando que a UnB criou, em 2008, a Coordenação de Integração de Licenciaturas (CIL), vinculada ao Decanato de Ensino de Graduação (DEG), para aprimorar esse intercâmbio.

 

A reitora Márcia Abrahão, também presente no evento, destacou a histórica colaboração da Universidade para a educação de surdos. Há quase dez anos, a instituição realiza pesquisas de pós-graduação sobre o assunto. Em 2015, criou o vestibular específico para o curso de Licenciatura em Língua de Sinais Brasileira e Português como Segunda Língua, com provas adaptadas em Libras. Também tem sólida parceria com a Secretaria de Educação do DF, para a formação de docentes.

 

"A Universidade de Brasília se sente honrada de fazer parte deste esforço e de contribuir para que mais pessoas tenham acesso à educação formal, nos níveis básico e superior. O aprendizado do português como segunda língua não é trivial – daí a importância de termos o lançamento de um currículo específico, que atenda às necessidades da população surda do país", ressaltou.

 

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ETAPAS – A secretária de Modalidades Especializadas de Educação do Ministério da Educação, Ilda Peliz, explicou que o currículo deve ser publicado pelo MEC após a validação do Conselho Nacional de Educação (CNE). A expectativa é que isso ocorra até o final deste ano. "Estamos transformando sonhos em realidade, todos nós somos protagonistas nisso. Quero parabenizar a UnB, que não só tem apoiado a educação de surdos, mas também pelo compromisso com a educação em geral", disse Ilda.

 

A abertura também contou com a presença da presidente substituta da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Zena Martins, e do primeiro estudante surdocego formado pela UnB, Iury Moraes.

 

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