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Parcerias da Universidade com instituições do exterior garantem novas vagas de intercâmbio a cada semestre

Neste início de semestre letivo, a Secretaria de Comunicação publica uma série de matérias com informações sobre os principais serviços disponíveis aos estudantes da Universidade de Brasília e à comunidade externa. A seguir, conheça mais sobre as oportunidades de intercâmbio.

 

Espalhadas pelos cinco continentes, devido à parceria com 58 universidades de 20 países, há diversas oportunidades de intercâmbio para alunos da Universidade de Brasília. A experiência é possível graças a acordos de cooperação internacional da UnB com outras instituições de ensino e pesquisa do mundo, que possibilitam o acolhimento de estudantes estrangeiros e a ida de brasileiros.

 

Pedro Henrique, egresso do curso de Comunicação Organizacional na UnB, recomenda a experiência de intercâmbio. Foto: Arquivo pessoal

 

Foi assim com Pedro Henrique Pereira dos Santos, que recentemente se formou em Comunicação Organizacional na UnB. Entre seus planos profissionais está o desejo de seguir na carreira acadêmica. Por isso, durante o curso ele aproveitou o intercâmbio para incrementar o currículo. "Apresentei um artigo, do qual fui coautor, na III Conferência Internacional de Gênero e Comunicação. Foi minha primeira experiência apresentando trabalho acadêmico em outro idioma e em um evento desse porte", conta. “Também fui voluntário no Congresso Ibero-Americano de Comunicação. Eu era o único brasileiro participando da organização do evento e, por isso, tive oportunidade de conhecer pesquisadores brasileiros que são referências na minha área de formação”, relembra o comunicador.

 

Após a experiência, Pedro recomenda: "vale a pena superar o medo de estar em outro país, em que se fala outro idioma. O intercâmbio é uma oportunidade única, importante tanto para a formação acadêmica, quanto para a pessoal. Hoje minha mentalidade mudou – tenho uma percepção ampliada do mundo e acredito que possa galgar outras conquistas fora de Brasília", afirma.

 

COMO PARTICIPAR – Para alunos de graduação, a maior oferta de vagas acontece, semestralmente, por meio do Programa de Intercâmbio Acadêmico em Universidades Estrangeiras Conveniadas à UnB, coordenado pela Assessoria de Assuntos Internacionais (INT/UnB). Não há concessão de auxílio financeiro, mas há isenção de taxas de matrícula e de mensalidades para universidades que tenham essas despesas previstas. Custos como o de transporte, moradia e alimentação ficam por conta do estudante.

 

A inscrição no Programa de Intercâmbio Acadêmico é gratuita e pode ser feita no início de cada semestre, quando é publicado o edital que rege o processo. Para participar, o interessado deve atender às seguintes condições: ser aluno regular de graduação da UnB; não responder processo administrativo; ter cursado no mínimo 40% e no máximo 90% dos créditos exigidos pelo curso; não ser provável formando; ter Índice de Rendimento Acadêmico (IRA) igual ou superior a 3,5; comprovar proficiência, caso o idioma do país escolhido não seja o português.

 

Atendidos os requisitos, o candidato será classificado no cadastro reserva de alunos para intercâmbio. Os critérios de avaliação são: IRA, cujo valor máximo é de 5 pontos, e atividades extracurriculares comprovadas, conforme especificações do edital, somando até 30 pontos. O cadastro é gerado para cada idioma disponível. Por exemplo, os inscritos que optarem pela língua inglesa integrarão a lista desse idioma, e o mesmo vale para as demais línguas.

 

A etapa seguinte é a oficialização da proposta de intercâmbio para a universidade anfitriã. O envio das candidaturas é feito pela ordem de classificação. Assim, o primeiro candidato de cada idioma escolhe para qual universidade conveniada deseja se candidatar, seguido pelos demais classificados. A decisão final de aceitar ou não o participante é da universidade anfitriã e, por isso, a pré-seleção não garante vaga ao interessado.

 

Alunos com candidaturas aceitas pela universidade anfitriã terão direito a um semestre de estudo naquela instituição. Os candidatos que não forem aceitos serão realocados conforme as vagas remanescentes do processo seletivo.

 

Para conhecer mais sobre a seleção de intercâmbio, os interessados podem ter como referência o último processo, referente ao 2°/2017, cuja inscrições foram encerradas em março. Complementando o edital, como de praxe, foi publicada a relação das instituições conveniadas, bem como das vagas e áreas de estudo ofertadas. O próximo edital está previsto para ser lançado em agosto, destinando vagas para o 1°/2018.

 

Priscyla Barcelos, coordenadora de intercâmbio da INT, menciona alguns dos preparativos essenciais. “Um requisito importante das universidades anfitriãs é a proficiência no idioma. Por isso, os interessados devem se preparar. Além disso, na seleção da UnB, as atividades extracurriculares são importantes e, para comprová-las, os alunos devem guardar a certificação", orienta. Ela acrescenta que, para aqueles que não dominam um segundo idioma, há oportunidades de estudo em Portugal.

Daniela Georg (centro) com duas intercambistas alemãs na Plaza de España, em Madrid, Espanha. Foto: Arquivo pessoal

 

OPORTUNIDADES – Outras chances de intercâmbio surgem ao longo do ano. Entre elas, estão as bolsas oferecidas pelo programa Santander Universidades. De acordo com a Priscyla Barcelos, essa iniciativa concede à UnB, em média, cinco bolsas de estudo no exterior por ano. Um diferencial desse projeto é que, além de estudar com gratuidade, cada selecionado recebe bolsa de três mil euros, a ser utilizada para custos como transporte, hospedagem e/ou alimentação. A INT utiliza os mesmos critérios do Programa de Intercâmbio da UnB para a classificação de interessados no programa do Santander.

 

Daniela Georg, aluna de Publicidade, estava decidida a fazer intercâmbio desde o início da graduação e vivenciou a experiência internacional na Universidade de Sevilha, na Espanha, por meio do programa Santander Universidades. "Eu me preparei para o intercâmbio. Durante um ano, corri atrás dos documentos e requisitos necessários para ser aprovada. Acredito que o intercâmbio é possível quando se faz um planejamento para isso e se dedicam esforços para essa oportunidade”, conta a estudante.

 

Outra oportunidade é o Programa de Mobilidade Acadêmica Regional (MARCA), que funciona no âmbito do Mercosul, contemplando estudantes de graduação em Agronomia, Enfermagem ou Medicina Veterinária. Não há periodicidade regular na oferta dessas bolsas, por isso, os interessados devem acompanhar o site da INT.

 

Para estudantes de Direito, há também o Programa Teixeira de Freitas, convênio de mobilidades entre as Cortes Supremas do Mercosul. De acordo com a INT, os interessados precisam primeiro ser selecionados no Programa de Intercâmbio da UnB e, uma vez aprovados, podem pleitear um estágio na Corte Suprema do país de destino. Contudo, no momento, o Chile é o único país com vagas vigentes para a experiência.

 

Paloma Costa é uma das acadêmicas de Direito que participou do Programa entre Cortes. "A experiência foi incrível. Além do idioma, da cultura e do crescimento pessoal, aprendi muito sobre questões de Direito do Chile e em como isso pode contribuir para nosso país. Agora que estou de volta, já tenho participado de debates e congressos", conta a estudante que dedicou um ano de estudos na Universidade do Chile e estagiou na Corte Suprema do país.

 

A assessora da INT esclarece, ainda, que há oportunidades viabilizadas por parcerias diretas entre institutos ou faculdades da UnB e universidades do exterior. Nesses casos, o interessado deve estar em contato com o professor responsável pela iniciativa. De modo semelhante acontecem as oportunidades na pós-graduação, geralmente viabilizadas por docentes da UnB em contato com professores do exterior. Nesses casos, a INT pode oferecer apoio quanto aos trâmites administrativos.

 

Para a diretora da INT, Sabine Gorovitz, a mobilidade estudantil proporciona aos estudantes um amadurecimento que não ocorre em casa. "Longe de amigos e parentes, aproximar-se do outro provoca um descentramento em que, aprendendo sobre os outros, se aprende sobre nós. É uma oportunidade de descobrir que existem formas distintas de pensar e de dar voz às coisas do mundo, produzindo uma mente crítica e afiada, capaz de romper barreiras e fronteiras", conclui Sabine. 

 

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