INFORME

Movimento de ocupação decide não deixar o prédio da Reitoria. Administração superior encaminha providências

 

Em resposta ao comunicado da Administração Superior de 19 de abril, o movimento de ocupação do prédio da Reitoria condiciona a desocupação ao cumprimento de uma extensa pauta de reivindicações, incluindo pontos que ultrapassam as atribuições e competências da Administração – como mudanças na legislação e na Constituição brasileiras.

A Administração Superior da UnB reafirma permanente disposição para o diálogo e lamenta a natureza da resposta dada pelo movimento. Para garantir o pleno funcionamento da Universidade, com qualidade para todas e todos, informa que tomará as providências cabíveis nesta situação.

Márcia Abrahão Moura
Reitora

 

 

Confira na íntegra a resposta do movimento de ocupação enviada à reitora:

 

A carta emitida pelo gabinete da reitora, a qual exige a desocupação da reitoria, não está de acordo com as negociações anteriores realizadas com a ocupação, distorcendo as reivindicações dos membros da ocupação. Ela alega ter correspondido às condições do acordo pela desocupação do FNDE e estar surpresa com a "repentina" ocupação.

Na realidade, as negociações do FNDE no dia 10/4 exigiam uma mesa pública com a reitora e o MEC no dia 12 de abril, na qual deveria ser concedido acesso à prestação de contas da UnB; além disso, caso a mesa não acontecesse no dia proposto, a reitoria seria ocupada. Entretanto, a reitora sequer compareceu à reunião do dia 12. Sendo assim, não se pode dizer que ela foi "surpreendida" com o início e a continuidade da ocupação.

O movimento que ocupou a reitoria não abrange apenas o direito à transparência sobre as contas públicas e as questões tratadas pelo FNDE, ele trata de todas as questões necessárias para o funcionamento da Universidade e para a sua qualidade de ensino.

Só vamos desocupar quando nossas pautas forem atendidas!

Nossas pautas são:
• Revogação das demissões dos terceirizados demitidos;
• O não aumento do RU;
• A manutenção das bolsas de permanência estudantil, que afetam principalmente estudantes de baixa renda, negras e negros, indígenas e quilombolas;
• Liberação pelo MEC dos editais da assistência estudantil de ingresso indígena e quilombola;
• A manutenção de todos os estagiários remunerados;
• Restabelecimento dos porteiros da noite;
• Transparência nas contas da Universidade;
• Transparência dos contratos das empresas terceirizadas;
• O fim da polícia no campus;
• Liberação pelo MEC para uso da verba própria da UnB;
• A revogação da Emenda 95, do teto dos gastos;
• A privatização das universidades públicas no Brasil;
• Solidariedade às outras ocupações e lutas que ocorrem nas universidades brasileiras.

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