DIREITOS HUMANOS

Inscrições estão abertas até 14 de setembro. Aulas começam no dia 28 e terminam no início de janeiro.

Foto: Arquivo Central UnB/UnB Agência

 

Mil vagas gratuitas para estudantes de Ciências Jurídicas, Humanas e Sociais; estudiosos do regime ditatorial e do processo de democratização; servidores públicos; defensores de direitos humanos e outras pessoas com interesse em Justiça de Transição.

 

É essa a oferta do curso Introdução Crítica à Justiça de Transição na América Latina: o Direito Achado na Rua. Fruto de uma parceria entre a Comissão de Anistia e a Universidade de Brasília (UnB), o projeto foi lançado nesta terça-feira (25) durante cerimônia no Auditório Tancredo Neves do Ministério da Justiça.

 

PRAZOS – Com 120 horas-aula de duração, o curso começará em 28 de setembro e tem conclusão prevista para a primeira quinzena de janeiro. As inscrições estarão abertas até 14 de setembro e poderão ser feitas por um enlace na página do Centro de Educação à Distância da (Cead) na Internet.

 

A iniciativa de extensão universitária tem como objetivo disseminar sobre a Justiça de Transição na América Latina, sob a perspectiva teórica de O Direito Achado na Rua, promovendo sempre o debate acerca da América Latina e dos direitos humanos.

 

CONTEÚDO – O conteúdo programático foi elaborado pelos professores José Carlos Moreira da Silva Filho, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), e José Geraldo de Sousa Júnior, do Núcleo de Estudos para a Paz e os Direitos Humanos da UnB.

 

Com 14 módulos, o curso abordará – entre outros temas – as lutas populares por direitos e as (in)transições brasileiras no contexto latino-americano; os marcos teóricos da Justiça de Transição e os processos transicionais na América Latina; o direito à verdade, à memória e à reparação; e o direito à Justiça e a reforma das Instituições.

 

Produzido especificamente para a ocasião, o material didático inclui um livro com mais de 50 autores de renome nacional e internacional, que será lançado no decorrer do curso, e um documentário.

 

INOVAÇÃO – Para o presidente da Comissão de Anistia, professor Paulo Abrão, o curso inova no campo de Educação em Direitos Humanos. “É a primeira vez que se oferece, em larga escala, conhecimento teórico e prático sobre memória, verdade e Justiça”, comemora. “Desta forma, o curso democratiza o conhecimento sobre a própria democratização.”

 

Já o professor José Geraldo enfatiza a importância de se atualizar a capacidade crítica de agentes públicos que atuam no campo. “Essa aliança entre uma universidade com forte presença acadêmica e política em direitos humanos e uma comissão que promove esses direitos é fundamental: se há uma lição a ser aprendida dos muitos totalitarismos e ditaduras do século passado, é a importância da Justiça de Transição para promover a democracia.”

 

SEMANA DE ANISTIA – O evento representa apenas uma entre mais de 50 atividades em comemoração à Semana de Anistia de 2015. Realizada entre a segunda-feira (24) e o domingo (30) em todo o território brasileiro, a semana relembra os 36 anos da Lei de Anistia.

 

Incluindo eventos organizados tanto pela Comissão de Anistia quanto por órgãos, entidades e organizações parceiras, a programação completa do evento está disponível em um blog atualizado em tempo real.

 

COMISSÃO – Criada em 2001 para reparar violações de direitos humanos cometidas entre 1946 e 1988, a Comissão de Anistia é vinculada ao Ministério da Justiça e composta por 25 conselheiros, a maioria agentes da sociedade civil ou professores universitários.

 

Até janeiro de 2015, a Comissão havia recebido mais de 74 mil pedidos de anistia, declarando mais de 43 mil pessoas anistiadas políticas, com ou sem reparação econômica.

 

 

SERVIÇO
Curso Introdução Crítica à Justiça de Transição na América Latina: o Direito Achado na Rua
Inscrições: 25 de agosto a 14 de setembro de 2015 pelo enlace http://goo.gl/ns9XcS
Período de realização do curso: 28/9/2015 a 24/1/2016
Vagas: Mil
Público-alvo: o curso está aberto a pessoas de todas as regiões – Profissionais, estudantes, militantes e outras pessoas que atuam ou possuam interesse com o tema constituem o público-alvo.
Carga horária: 120 horas/aula
Material: Sempre gratuito, será oferecido online por plataforma virtual quando forem iniciadas as aulas, no dia 28 de setembro.
Local: Como todas as atividades do curso de extensão serão realizadas por plataformas de educação a distância, não é necessário residir em Brasília.
Investimento: Não há contrapartida financeira. O curso é gratuito, pois é fomentado com recursos do Governo Federal.
Requisitos materiais de acesso: É necessário que a e o cursista tenha acesso à internet, pois todas as atividades serão realizadas online.

ATENÇÃO O conteúdo dos artigos é de responsabilidade do autor e expressa sua visão sobre assuntos atuais. Os textos podem ser reproduzidos em qualquer tipo de mídia desde que sejam citados os créditos do autor. Edições ou alterações só podem ser feitas com autorização do autor.