SAÚDE

Campanha alerta homens para o combate e prevenção ao câncer de próstata, além de promover exames de rotina

 

O câncer de próstata, depois do câncer de pele, é o tumor mais comum no homem. É o tipo de câncer que mais mata homens no mundo inteiro e, mesmo assim, o assunto ainda é tabu.

 

Para combater e prevenir o problema, foi lançada a campanha Novembro Azul em todo o país. A doença é o foco principal da iniciativa, mas ela também chama a atenção para os cuidados que o homem deve ter com a sua saúde.

 

Similar à campanha Outubro Rosa, de combate e prevenção ao câncer de mama, a campanha masculina é mais abrangente. O médico oncologista do Hospital Universitário de Brasília (HUB) Marcos França reforça a importância de se realizar exames periódicos, avaliações médicas e orientar para medidas de vida saudável. "Aproveitamos para enfocar no câncer de próstata, porque isso ainda é um grande tabu para o homem”, destaca.

Foto: Júlia Seabra/UnB Agência

 

Força tarefa de várias entidades, no Brasil, ela é liderada pela Sociedade Brasileira de Urologia. O grande objetivo é atrair a atenção dos homens de várias formas diferentes. Em Brasília, por exemplo, alguns monumentos estão iluminados com a cor azul para que as pessoas façam a associação.

 

Além disso, os médicos tendem a lembrar os pacientes da necessidade de exames preventivos nas consultas. Anúncios publicitários na televisão, internet e outros meios de comunicação também buscam chamar a atenção para a necessidade de o homem fazer avaliações rotineiras.

 

A DOENÇA - O câncer de próstata é resultado de uma multiplicação desordenada das células da próstata. Quando há presença de câncer, a glândula endurece. França explica que se trata, muitas vezes, de uma doença indolente, em que a progressão é muito lenta.

 

“Muitas das vezes o câncer de próstata advém de outros problemas de saúde, pelo fato de o homem não se cuidar tanto, não tomar as devidas precauções desde o início”, afirma o médico. “Sabemos que quanto antes tratarmos um câncer, mais eficaz e menos agressivo é o tratamento e maior a chance de cura da doença”, completa.

 

O fator de risco principal da doença é a idade. Homens com mais de 60 anos estão mais sujeitos ao câncer. Outro fator importante é o histórico familiar. Se alguém da família possui câncer de próstata, os riscos aumentam.

 

SINTOMAS - Os sintomas da doença são dificuldade de urinar, sangramento urinário, dor na parte mais baixa da barriga, chamada de pélvis, e dor no osso. “Esses sintomas devem alertar o homem a procurar um urologista o quanto antes, não importa qual idade ele tenha”, aponta o médico.

 

EXAMES - Os dois exames feitos para o diagnóstico da doença são o toque retal e o exame de dosagem PSA (antígeno prostático específico). França explica que a finalidade do exame de toque é saber se existe alguma alteração no formato da próstata, alguma nodulação ou algum sinal clínico de ter alteração prostática.

 

O PSA é um exame de laboratório que consegue avaliar se existe alguma chance de ter alguma célula tumoral em desenvolvimento. O exame de toque ou o PSA feitos de forma isolada não conseguem dar a informação precisa. Deve ser feita a combinação dos dois exames. A orientação é fazer essa avaliação anualmente a partir dos 45 anos de idade.

 

No Distrito Federal, três hospitais tratam o câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS). São eles o Hospital Universitário de Brasília (HUB), o Hospital de Base e o Hospital Regional de Taguatinga, que têm suporte para o tratamento do câncer de próstata, entre eles a terapia hormonal, radioterapia e quimioterapia.

 

*O documento da Comissão Permanente de Vestibular, que apresentava a proposta para ingresso em etapas múltiplas, foi assinado por Lauro Morhy, Alda Baltar, Daisy C. Leininger, Edmundo Montalvão e Pedro Américo C. Senna.

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