ESPORTE

Se a cidade for eleita como sede da competição, UnB receberá cinco modalidades. Reforma do Centro Olímpico é trunfo da candidatura

Foto: Reprodução

 

A UnB pode tornar-se o centro da Universíade de 2017, o terceiro maior evento esportivo do mundo. Nesta quinta-feira, dia 3 de novembro, três representantes da Federação Internacional de Esportes Universitários (FISU) desembarcaram em Brasília para vistoria técnica, última etapa do processo de candidatura da capital para sediar o evento.

 

Na manhã deste sábado, o comitê da FISU fará uma visita técnica ao Centro Olímpico da Universidade de Brasília, onde será recebido pelo reitor José Geraldo de Sousa Junior. Se Brasília for eleita, a UnB será palco de competições em cinco modalidades: atletismo, futebol de campo, futsal, natação e mergulho. O evento tem 19 modalidades no total.

 

A reforma do Centro Olímpico (CO), prometida desde 2010, é um dos trunfos da candidatura. Na opinião do diretor da Faculdade de Educação Física, Alexandre Luiz Gonçalves de Rezende, as obras estariam garantidas se Brasília fosse eleita. “Com o evento conseguiríamos cerca de R$ 240 milhões do governo federal, que já se comprometeu a ajudar a cidade”, diz. O custo inicial da obra está orçado em R$ 303 milhões. O resto viria de emendas e da Lei de incentivo ao esporte. As instalações precisam estar prontas um ano antes da competição, em 2016.

 

A reforma, projetada pelos arquitetos da UnB Márcio Villas Boas e Ricardo Farret, inclui arena olímpica para 15 mil pessoas, campo de futebol, pista de atletismo, bares e restaurantes e vestiários. Haverá também um ginásio olímpico para competições oficiais, com capacidade para cinco mil pessoas.

 

SOCIAL - Segundo o secretário de Esporte do DF, Célio René, a Universíade desperta ainda a discussão para o esporte escolar no Brasil, que há muito anda esquecido. “E esse é um dos nossos principais objetivos: trazer à tona nosso desporto estudantil”, diz. A Universíade fortalece também o esporte universitário em sua dimensão cidadã. No evento, quando um atleta sobe ao pódio ele houve o hino Olímpico e não de sua nacionalidade.

 

Alexandre de Rezende ressalta o legado social da competição. Ele acredita que as atividades comunitárias, os projetos de extensão e as pesquisas serão beneficiados. “Não será apenas os alunos de educação física que contarão com condições privilegiadas, mas todos aqueles que frequentam o CO”. “Por sermos um espaço público, toda a população poderá usufruir das novas instalações gratuitamente e esse será o maior legado”, diz o chefe do CO, André Reis.

 

CAPITAL DO ESPORTE - Brasília tem a favor de sua candidatura o fato de ser uma das sedes da Copa do Mundo de Futebol e abrir a Copa das Confederações. A apresentação da capital para candidatura ressalta o adiantamento das obras do Estádio Nacional e o planejamento da cidade, que garantiria fácil locomoção das delegações. A proposta da competição utilizaria 26 locais da cidade. Além da UnB, diversas outras faculdades e clubes seriam sub-sedes das competições.

 

Brasília disputa a candidatura com a cidade Taipei, em Taiwan, que foi já inspecionada pela FISU entre os dias 17 e 20 de outubro. A visita vai confirmar as informações do dossiê encaminhado a FISU e será o marco final para a decisão definitiva que será divulgada no dia 29 de novembro, em Bruxelas.

 

A última edição do evento, que aconteceu esse ano na China, reuniu 11 mil atletas de 158 países. Ao todo, mais de 150 mil pessoas passaram pela cidade de Shenzhen durante as competições, realizadas em agosto.

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