INFRAESTRUTURA

Ginásio e quadras recebem novos pisos. Material tem dez anos de garantia, é mais resistente e diminui impacto nas articulações

 

Instalação de piso de polipropileno na quadra poliesportiva José Maurício Honório Filho, na Praça Chico Mendes. Foto: Júlio Minasi/DEL-DAC

 

Resistência, conforto e baixo custo de manutenção são virtudes atribuídas aos pisos que estão em fase final de instalação em equipamentos esportivos da Universidade de Brasília. O material modular, feito de polipropileno, vai cobrir as superfícies do ginásio e já está em uso nas quadras de vôlei do Centro Olímpico (CO) e poliesportiva José Maurício Honório Filho, na Praça Chico Mendes.

A área total coberta pela nova superfície é de 2.267 m². No ginásio do CO, que vai receber mais de 60% desse material, será instalada uma manta amortecedora sob o piso. De acordo com a empresa fornecedora, a catarinense Flexquadra, todos os pisos oferecem redução de 20% do impacto nas articulações.

“O piso é ótimo. Melhorou muito. Não tem nem comparação com o que tínhamos antes”, avalia o técnico do time de handebol feminino da UnB, Marcelo Marques. O treinador tem comandado atividades na quadra José Maurício e não vê a hora de retornar ao ginásio. “Poderemos voltar a mandar os jogos na UnB. Isso é fundamental”, afirma.

O processo de licitação para modernizar os pisos começou em 2016. O custo total da instalação é de R$ 274.080,30. A garantia do material é de dez anos. As reformas atendem a demandas históricas por melhores condições de prática desportiva. “A recuperação das quadras externas contribui para o esporte comunitário e impacta na rotina de vida das pessoas. A busca por mais espaços de lazer é frequente na comunidade”, diz Alexandre Rezende, diretor da Diretoria de Esporte e Lazer (DEL/DAC) da UnB.

Ginásio do Centro Olímpico será o próximo a receber novo piso. Foto: Júlio Minasi/DEL-DAC

 

Artilheiro do XVIII Torneio de Futsal dos trabalhadores, Ivanildo Farias classifica o piso como muito bom. Ele conta que precisou de apenas um jogo para se adaptar à superfície. “Não conhecia [o piso], mas foi fácil pegar o jeito. Senti que diminuiu bastante o impacto nas pernas”, conta o prestador de serviço do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT).

ALTO RENDIMENTO De acordo com o diretor Alexandre Rezende, é esperado que a restauração do piso do ginásio gere efeitos diretos nas práticas acadêmicas e no esporte de rendimento. “O ginásio do Centro Olímpico é uma grande sala de aula para o ensino de Educação Física e também é fundamental para as equipes de representação, como as de futsal e de handebol. Além disso, é um dos poucos em Brasília com dimensões oficiais”, acrescenta.

Estudante e atleta de futsal, Janaína Bezerra avalia as reformas como “uma demonstração de que, mesmo em crise financeira, a Universidade valoriza o esporte”. Apesar de aprovar a intervenção, ela disse não ter se adaptado ao piso já instalado na quadra da Praça Chico Mendes. “Não gostei, parece oco”, conta. Ela relata que se lesionou durante o primeiro treino no novo piso e ouviu queixas de outras jogadoras.

Piso das quadras externas têm especificidades diferentes em comparação ao dos ginásios. Foto: Júlio Minasi/DEL-DAC

 

Para o responsável pela Diretoria de Esporte e Lazer, a impressão justifica-se porque os pisos das quadras externas têm movimentação característica, relacionada à especificidade das placas, que dilatam e retraem a depender das condições climáticas.

“É um piso outdoor, que precisa ter resistência. Pode causar algum estranhamento para quem está acostumado a jogar em ginásios, que costumam ter pisos especiais”, diz. “Mas não tenho dúvida de que esse piso tem qualidade superior à situação anterior das nossas quadras de concreto, um material muito abrasivo e que apresentava desníveis”, completa o gestor, que também é professor na Faculdade de Educação Física (FEF).

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