INSTITUCIONAL

Mais de 50 projetos foram registrados até o momento. Comunidade acadêmica pode participar e preencher formulário

 

Construir uma universidade mais plural requer esforço conjunto da comunidade acadêmica. Na UnB, é crescente o número de projetos de ensino, pesquisa e extensão que se propõem a discutir, investigar, refletir e compartilhar conhecimentos sobre questões relacionadas a diversidade e direitos humanos.

 

Com o intuito de integrar tais ações, desenvolvidas por estudantes, professores e técnicos-administrativos dentro da instituição, a Diretoria de Diversidade (DIV), ligada ao Decanato de Assuntos Comunitários (DAC), realiza mapeamento de projetos voltados para essas temáticas. O levantamento, feito desde o último mês de abril, faz parte das mobilizações da campanha UnB Diversa e Plural, criada com o intuito de incentivar o respeito e o convívio das diferenças no ambiente universitário.

 

Diretora de Diversidade, Maria Inez Montagner, propõe integração de projetos de ensino, pesquisa e extensão voltados para a questão da diversidade e dos direitos humanos Foto: Luiz Alves

As diversas Unidades Acadêmicas e órgãos da UnB contribuem com informações, como a descrição das atividades desenvolvidas, a área e o local de atuação, o público alvo e os responsáveis pelos projetos.“Nosso objetivo com esse mapeamento é conhecer o que já existe dentro da Universidade pensado para os quatro públicos que a DIV atende, que são mulheres, negros, LGBTs e indígenas”, afirma a psicóloga social da Coordenação dos Direitos da Mulher da diretoria, Patrícia Monteiro e Silva.

 

Até o momento, 51 projetos foram identificados e divulgados pela DIV em relatório. Muitas das ações abrangem os vários atores que englobam a diversidade e, portanto, não se concentram em apenas um público específico. O resultado inicial aponta para 30 iniciativas sobre a questão indígena contabilizadas nesta primeira etapa do documento, nove delas somente do Instituto de Ciências Sociais. Sobre a temática LGBT, há 11 dos projetos cadastrados, e outros 13 destacam a questão negra; os que têm foco em gênero somam 20. Também estão apurados os direcionados a pessoas com deficiência, migrantes e comunidades tradicionais, como os povos quilombolas, ribeirinhos, pescadores, retireiros, geraizeiros – população que habita as margens do Rio São Francisco (MG) – e vazanteiros, que vivem às margens dos rios em regiões de cerrado e de caatinga.

DEMANDAS SOCIAIS – A decana de Assuntos Comunitários, Thérèse Hoffman, acredita que essa é também uma oportunidade para articular redes de pesquisadores e de ações e levá-las a conhecimento da comunidade interna. “Estamos convidando professores, pós-graduandos, estudantes de iniciação científica, pesquisadores e demais interessados a nos apresentar suas temáticas de investigação, de pesquisa, de ação, de extensão, de proposta de intervenção, para que tenhamos uma agenda dos campi ao longo do semestre e para ajudar, em conjunto com os decanatos de Ensino de Graduação, de Extensão e de Pesquisa e Pós-Graduação, a fomentar essas ações de diversidade”, explica.

A decana de Assuntos Comunitários Thérèse Hoffman destaca a importância de levar as ações de diversidade a conhecimento da comunidade da UnB. Foto: Isa Lima/Secom UnB

Além de propor a articulação, a ideia é que o mapeamento possa estimular a produção e a troca de conhecimentos sobre diversidade, bem como atender aos anseios da diretoria de promover o enfrentamento ao preconceito, à violência e à desigualdade na UnB e na sociedade. Outro ponto importante é a sensibilização quanto a demandas sociais.

 

“São esses pesquisadores que irão nos ajudar a compreender os problemas, não só os que acontecem dentro da instituição”, explica a diretora da DIV, Maria Inez Montagner. Segundo ela, os dados deverão ser disponibilizados para consulta pela internet posteriormente.

 

A comunidade universitária pode colaborar com a iniciativa e responder a um formulário, no qual deverão ser inseridas informações sobre projetos de ensino, pesquisa e extensão com essas temáticas. O documento estará disponível permanentemente para integrar e estimular as ações de diversidade da UnB.

 

DIRETORIA –  Criada em 2013, a Diretoria de Diversidade é responsável pela elaboração, execução, monitoramento e avaliação de programas e ações que visam o respeito à pluralidade na UnB, além da garantia dos direitos relacionados às questões de gênero, raça, etnia e orientação sexual na academia. A unidade possui quatro coordenações, que atuam com projetos específicos para esses públicos. São elas: Coordenação da Questão Negra, Coordenação da Diversidade Sexual, Coordenação dos Direitos das Mulheres e Coordenação das Questões Indígenas. Atualmente, a DIV funciona no ICC Sul, ao lado da Caixa Econômica. Mais informações sobre os serviços oferecidos pela diretoria podem ser obtidas pelo telefone 3107-1452/1453.