LEVANTAMENTO

Adversidades ocasionadas pela pandemia acentuaram a necessidade de conhecer melhor demandas de estudantes, docentes e técnicos

A pesquisa de saúde mental tem eixos quantitativo e qualitativo. Questionários da pesquisa quantitativa já estão disponíveis para amostragem sorteada da comunidade acadêmica. Arte: George Lopes/Secom UnB

 

A Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu/DAC) elaborou uma pesquisa para entender as questões que têm afetado a saúde mental da comunidade acadêmica da Universidade de Brasília nesse momento de pandemia. Apenas participantes sorteados irão responder à etapa quantitativa da pesquisa, que também contará com um eixo qualitativo e é voltada para docentes, técnicos e estudantes.

 

A pesquisa foi construída pela Dasu, junto a professores do Instituto de Psicologia (IP) e à representação do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Os questionários do eixo quantitativo estão sendo aplicados por amostragem e disponibilizados aos sorteados por meio de links, enviados por e-mail. São três formulários, dirigidos a cada um dos segmentos universitários (estudantes, docentes e técnicos).

 

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“A coleta será feita a partir de uma amostra representativa de cada uma dessas populações. No caso dos estudantes, será estratificada pelas unidades acadêmicas", explica o psicólogo e pesquisador da UnB José Marcelo Luz, que integra o Subcomitê de Saúde Mental e Apoio Psicossocial do Coes.

Para José Marcelo Luz, não é possível pensar em saúde mental sem pensar em acolhimento e escuta empática. Foto: Arquivo pessoal

 

METODOLOGIA – No eixo quantitativo, cada unidade acadêmica terá um número representativo de respondentes. Foram sorteados 9.942 estudantes de graduação, 458 de mestrado e 455 de doutorado. Entre os servidores, foram 436 docentes e 445 técnico-administrativos.

 

A pesquisa qualitativa será aplicada após finalizada a quantitativa e tentará alcançar grupos específicos da comunidade acadêmica, como quilombolas, indígenas e LGBTQI+, com o objetivo de avaliar suas necessidades particulares. 

 

Segundo José Marcelo Luz, nessa etapa, eles serão convidados a participar de grupos focais, para conhecer mais sobre a saúde mental de seus membros. A Dasu também quer identificar quais os recursos positivos e os fatores de promoção à saúde que já estão em curso no ambiente acadêmico.

 

ESCUTAR É PRECISO – “É muito importante envolver a comunidade na participação dessa pesquisa, para que a gente possa definir uma política estratégica, de cuidado, de prevenção e de promoção de saúde mental, de acordo com o nosso conhecimento da comunidade e com as necessidades por ela apontadas", destaca Larissa Polejack, diretora de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu/DAC). 

 

Para a gestora, a comunidade é parceira na construção dessa política de promoção da saúde e parte fundamental para que seja implementada. "Uma política de promoção da saúde não é realizada se não tiver o engajamento e envolvimento da comunidade”, afirma Polejack.

A diretora da Dasu, Larissa Polejack acredita que, com a participação da comunidade acadêmica, será possível definir estratégias de cuidado à saúde mental na Universidade de Brasília. Foto: Audrey Luiza/Secom UnB

 

José Marcelo Luz acredita que necessidade de ter informações sobre a saúde mental da comunidade acadêmica sempre esteve presente nos serviços de saúde da Universidade. Com as medidas de segurança decorrentes da pandemia, essa preocupação se acentuou.

 

"Surgiu a necessidade de conhecer melhor essa demanda, de maneira que os resultados dessa consulta à comunidade universitária forneçam subsídios para o planejamento de novas ações de atenção à saúde e a avaliação daquelas já existentes”, ressalta o psicólogo.

 

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AÇÕES HUMANIZADAS – A etapa de planejamento da pesquisa está sendo finalizada para que se definam estratégias que facilitem o alcance e consigam sensibilizar a comunidade acadêmica para a adesão dos participantes. 

 

A promoção de saúde mental é norteadora das ações da Dasu e está alinhada a valores da campanha A UnB quem faz é a gente, como acolhimento, auxílio e empatia. Neste contexto de pandemia, a pesquisa acaba reforçando a importância dos valores trabalhados na campanha.

 

“Falar em saúde mental é abrir espaços de escuta e acolhimento, é comprometer-se com o cuidado ao outro, é construir estratégias de cuidado e autocuidado. É tentar conhecer a dor do outro e deixar que essa dor nos mobilize para uma ação concreta”, defende Luz.

 

Se você, estudante, docente ou técnico, recebeu o convite para responder o questionário do eixo quantitativo, participe da pesquisa e ajude a consolidar as ações da Universidade de promoção à saúde mental. Coordenadores de curso e gestores de unidades acadêmicas e administrativas também podem contribuir na sensibilização dos sorteados para adesão à pesquisa.

 

A UnB QUEM FAZ É A GENTE – Diante do contexto de pandemia de covid-19, a UnB tem mobilizado diversas ações para acolher sua comunidade e apoiá-la no enfrentamento às adversidades impostas no atual cenário. É nesse sentido que foi idealizada a campanha institucional A UnB quem faz é a gente, estratégia de comunicação que busca reconhecer, valorizar e incentivar a atuação coletiva na superação dos desafios em curso, bem como reunir informações sobre iniciativas, programas e serviços para orientar os segmentos universitários nestes novos tempos.

 

O enredo valoriza o componente humano, maior riqueza da UnB. E invoca o princípio de que a Universidade é feita por gente e para gente. Por isso, o cuidado com a vida e com o bem-estar das pessoas é o que conduz a instituição neste contexto atípico e desafiador.

 

Assista ao vídeo da campanha:

 

*Matéria atualizada em 16 de março, para alteração de informação.

 

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