EQUIDADE DE GÊNERO

Participação valerá um crédito para estudantes. Inscrições vão até terça-feira (14)

Debate subsidiará construção de política voltada à diversidade de mulheres, visando à permanência destas na UnB. Arte: DIV/DAC

 

Estão abertas, até terça-feira (14), as inscrições para a I Conferência de Combate à Violência de Gênero da UnB. O encontro tem como objetivo traçar estratégias para assegurar a permanência das mulheres na Universidade, o combate à violência contra a mulher e o fortalecimento desta pauta na sociedade.

 

Realizada pela Diretoria da Diversidade do Decanato de Assuntos Comunitários (DIV/DAC), a conferência acontece nas próximas quinta (16) e sexta-feira (17). Em respeito às medidas de isolamento social para contenção da pandemia de covid-19, o evento, inicialmente pensado para ser um fórum presencial, vai acontecer em formato 100% virtual, com transmissão ao vivo pelo canal da UnBTV no YouTube.

 

Nos dois dias, haverá duas mesas no período da manhã, e os grupos de trabalho (GTs) à tarde. A reitora Márcia Abrahão participa da abertura da programação na quinta-feira, às 10h. Para a diretora da DIV, Susana Xavier, o evento servirá para construir uma política de permanência de mulheres na Universidade, considerando toda a diversidade desse público existente na UnB.

 

“Pretendemos identificar lacunas e ver como a Universidade pode atuar na construção de uma política efetiva de combate à violência de gênero e favorável à permanência da mulher com todo o seu contexto: a mulher negra, a mulher lésbica, a mulher mãe solo, todas as mulheres dentro da instituição”, explica Susana.

 

CENÁRIO – O Brasil atualmente ocupa a quinta posição em número de casos de violência contra a mulher, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. O país fica atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia. O contexto de isolamento social, vivido em decorrência da pandemia do novo coronavírus, tende a piorar a situação. Dados do Ligue 180, canal disponibilizado pelo governo federal para registro desses casos, demonstram aumento de 35% nas denúncias, comparando abril de 2020 ao mesmo período de 2019.

 

“No contexto da pandemia, o que a gente assiste é a mulher sendo muito mais cobrada, estando em situação de home office. É muito difícil você conciliar as atividades domésticas com as suas atividades institucionais no mesmo espaço físico. Em qualquer contexto de crise, a mulher retrocede em direitos, retrocede em espaço”, observa a diretora da DIV.

 

Nas programações de quinta e sexta-feira, mesas de debate com convidadas irão subsidiar propostas que serão elaboradas pelos participantes nos Grupos de Trabalho. A organização da conferência disponibilizou textos prévios para embasar a participação nos GTs. A ação, com carga horária de 20h, está cadastrada como atividade de extensão e garante crédito a estudantes.

 

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