ENGENHARIA

Engenheiros Sem Fronteiras possui mais de 60 núcleos no mundo. Objetivo é ajudar comunidades em situação de vulnerabilidade social com projetos sustentáveis

Foto: Arquivo Pessoal

 

A organização não governamental Engenheiros Sem Fronteiras (ESF) oferece uma forma de voluntariado a estudantes e profissionais de Engenharia. Com um núcleo em Brasília, a ONG tem o objetivo de aliar o conhecimento da área e a sustentabilidade para ajudar comunidades fragilizadas.

 

O trabalho dos primeiros Engenheiros Sem Fronteiras surgiu na França, na década de 1980. Nos anos 1990, o movimento se disseminou para outros países europeus, além de Canadá e Argentina. Atualmente, são mais de 60 grupos no mundo. No Brasil, o movimento é coordenado pela Diretoria Nacional com sede em Viçosa, Minas Gerais, responsável por fomentar, orientar, apoiar, integrar e representar os cerca de 20 núcleos espalhados pelo país.

 

“É uma sensação prazerosa. Você se sente querido pelas pessoas que está ajudando. É um enriquecimento pessoal”, relata o diretor geral do núcleo dos Engenheiros Sem Fronteiras em Brasília, Daniel Morais, formado em Engenharia Elétrica pela UnB.

 

O núcleo brasiliense foi formado em agosto de 2014 e é o primeiro no Centro-Oeste. Desde então, atua na comunidade da Estrutural em parceira com a ONG Coletivo da Cidade, que atende crianças moradoras da região.

 

Uma vez por semana, o grupo busca explicar conceitos básicos de engenharia, física e química para crianças entre 6 e 14 anos, por meio de oficinas e experimentos, utilizando materiais simples, como CDs e garrafas pets.

 

“Alguns experimentos que fazemos, as crianças repetem em casa, mostrando para os pais e irmãos”, conta Daniel. Ele acrescenta que o grupo planeja construir, a partir de material reciclado, um aquecedor solar de baixo custo, que será implementado em três locais na Estrutural, ainda não definidos.

 

Além de elaborar e aplicar o projeto, o grupo tem a preocupação de oferecer treinamentos, palestras e oficinas para que a população possa dar prosseguimento às atividades mesmo após eles deixarem de atuar.

 

A participação é aberta, principalmente, a estudantes, professores e profissionais de todas as áreas da Engenharia, e também a pessoas dispostas a colaborar com a causa. “Nós acabamos desenvolvendo habilidades como trabalho em equipe, organização, planejamento, captação de recursos, importantes para nosso futuro profissional”, destaca Daniel.

 

Interessados em se associar ao projeto e mais informações na página dos Engenheiros Sem Fronteiras ou no https://www.facebook.com/semfronteirasbrasilia.

ATENÇÃO O conteúdo dos artigos é de responsabilidade do autor e expressa sua visão sobre assuntos atuais. Os textos podem ser reproduzidos em qualquer tipo de mídia desde que sejam citados os créditos do autor. Edições ou alterações só podem ser feitas com autorização do autor.