MEMÓRIA

Em comemoração aos 30 anos do I Encontro Nacional de Seringueiros da Amazônia, evento homenageia Chico Mendes e discute perspectivas para região

Foto: Júlio Minasi/UnB Agência

 

Lideranças extrativistas, deputados, governantes, membros da comunidade acadêmica e de movimentos sociais estiveram reunidos, no último dia 15, em evento que marcou a comemoração dos 30 anos do I Encontro Nacional de Seringueiros da Amazônia, realizado na Universidade de Brasília.

 

À época, a reunião teve Chico Mendes como um dos protagonistas e ocorreu na praça da UnB que mais tarde levaria seu nome. Desta vez, o encontro foi organizado pelo Núcleo de Estudos Amazônicos (NEAz), vinculado ao Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM). Também esteve presente o reitor Ivan Camargo e Ângela Mendes, filha do líder extrativista.

 

A atividade foi dividida em dois momentos. Durante a manhã, na Praça Chico Mendes, houve o ato pelos 30 anos do primeiro encontro, o qual resultou na criação do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) - organização que representa os trabalhadores -, além de homenagens a Chico Mendes e a outros atores que participaram da organização do primeiro encontro. Já na parte da tarde, no Salão de Atos da Reitoria, foram discutidas as perspectivas de ensino, pesquisa e extensão e os desafios atuais para os povos que vivem na Amazônia e para a defesa das águas e da floresta da região.

Encontro homenageia ícones do movimento de seringueiros. Foto: Júlio Minasi/UnB Agência

 

“O evento é muito significativo porque aqui começou a história do movimento dos seringueiros e que depois se expandiu para as populações extrativistas e para outras regiões da Amazônia”, afirma Edel Moraes, vice-presidente do CNS. Para ela, o apoio da universidade é fundamental para fortalecer e dar visibilidade as causas do movimento. “A academia é importante para referendar e oficializar a nossa luta”, acrescenta.

 

Já o professor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da UnB e coordenador do NEAz, Manoel de Andrade, considerou o evento um sucesso. “Conseguimos reunir dois ex-governadores, membros do Ministério da Educação e do Desenvolvimento Agrário, lideranças que ajudaram com o movimento há 30 anos, lideranças novas, a atual direção do CNS e estudantes de diversos cursos”, avaliou. Para ele, essa articulação é importante para definição de políticas voltadas à população extrativista.