DESENVOLVIMENTO

Evento reúne especialistas e comunidade universitária para discutir modelo de gestão, vocação e políticas de atuação do espaço nos próximos anos

 

Decana do DPI, Maria Emília Walter, reitora Márcia Abrahão e diretor do PCTec, Roberto Ventura, durante workshop no auditório da Reitoria. Foto: Luís Gustavo Prado/Secom UnB

 

Começou nesta quarta-feira (20) e segue até quinta (21) o I Workshop do Parque Científico e Tecnológico (PCTec) da UnB, que acontece no auditório da Reitoria. A atividade é realizada em parceria com o Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI) e visa definir o modelo de gestão e o foco de atuação do PCTec nos próximos anos.

 

Criado em 2007 por resolução do Conselho Diretor da FUB, o Parque Científico e Tecnológico da UnB tem como objetivos ampliar a interação da Universidade com governo e empresas, promover o fortalecimento econômico e social do Distrito Federal e apoiar iniciativas de inovação, ciência e tecnologia, a partir da geração de conhecimentos, produtos e serviços para o mercado.

 

“A ideia deste workshop é discutir a concepção do parque em Brasília. Somos uma cidade essencialmente administrativa. Queremos avaliar quais são as oportunidades de negócio num ambiente como esse”, afirmou o diretor do PCTec, Roberto Ventura, durante a abertura da programação, nesta quarta-feira (20).

 

Ventura apontou o contexto econômico da capital federal como fator a ser considerado na definição da vocação regional do parque e de suas políticas de atuação. Ele considerou, ainda, a necessidade de se estabelecer um plano estratégico não só no âmbito dos negócios, mas também de estrutura para melhor abrigar o parque, atualmente instalado no Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) da UnB.

 

A reitora Márcia Abrahão vê no workshop uma oportunidade para discutir, de forma aberta com a comunidade, os interesses que direcionarão as atividades do parque. Ela mencionou os esforços da UnB para avançar em pesquisas aplicadas e destacou a necessidade de estimular a interação da iniciativa privada com as universidades, já que essas são os principais espaços de desenvolvimento de pesquisa no país. “Quando falamos em parque tecnológico, demonstramos como a universidade está aberta à sociedade”, entende.

 

EXPERTISE No evento, gestores dos quatro maiores parques tecnológicos do país – de São José dos Campos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Tecnopuc e Tecnosinos – compartilham experiências bem-sucedidas de administração e apresentam seus principais desafios e projetos voltados para pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Gabriela Cardozo abordou aspectos da gestão do Tecnopuc, eleito melhor parque tecnológico do país. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Diretora do Tecnopuc, parque tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Gabriela Cardozo acredita que a troca de experiências é fundamental para o apoio às iniciativas na área. Ela destacou a importância do trabalho desenvolvido pelos parques no país.

 

“Os ecossistemas de inovação têm essa responsabilidade de gerar conhecimento em conjunto – universidade, empresa e governo – para o desenvolvimento. E esses parques têm feito isso, tanto na geração de renda, como de conhecimentos que vão resultar em produtos e processos”, avaliou.

 

Representantes da petrolífera espanhola Repsol e da empresa chinesa de tecnologia Huawei também destacaram seus investimentos na área, a partir da interação com parques tecnológicos. A Huawei está em tratativa com a UnB para ampliar o acordo de cooperação técnica assinado recentemente entre as partes. A ideia é que futuramente seja instalado um centro de pesquisa no PCTec.

 

A programação tem continuidade nesta quinta-feira (21), com palestra motivacional, apresentação dos indicadores do PCTec e discussão de assuntos relacionados à condução do parque da UnB.

 

CONHEÇA – Apesar de idealizado já em 1986, o PCTec foi inaugurado quase trinta anos depois, como parte do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da UnB. Atualmente, a gestão foi desmembrada do CDT e passou a ter diretoria própria. A iniciativa conta hoje com nove empresas instaladas e 332 colaboradores. Está em discussão projeto para ampliação desses quantitativos.

 

No ano passado, o PCTec teve um faturamento, por meio das empresas incorporadas, de mais de um bilhão de reais, além do total de R$ 1,7 milhão em investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

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