INSTITUCIONAL

Pesquisa on-line é aberta a estudantes, docentes e técnicos administrativos e permite a avaliação de estruturas e serviços essenciais da Instituição

  

Foto: Audrey Luiza/Secom UnB
As estudantes Lorrany Arcanjo e Anita Chaves responderam à consulta pelo celular. Foto: Audrey Luiza/Secom UnB

 

Há quatro anos a rotina de Lorrany Arcanjo, estudante de Arquitetura e Urbanismo, perpassa os espaços da Universidade de Brasília. Mas foi na última semana que ela formalizou, pela primeira vez, sua opinião sobre estruturas, serviços e políticas da instituição. Sentada na escadaria próxima à entrada do ICC Norte, no campus Darcy Ribeiro, a jovem precisou apenas do celular conectado à internet para participar da Consulta à Comunidade Acadêmica.

 

“Acho importante poder avaliar espaços que a gente frequenta todos os dias, como banheiros e salas de aula. Às vezes falta alguma coisa e a gente não sabe onde reclamar para que realmente tenha resultado”, compartilha a jovem de 23 anos. Ela conta ter recebido o link da pesquisa por aplicativo de mensagens, em um grupo de amigos do curso, mas não chegou a abrir. “Achei que era uma pesquisa informal. Não sabia que era algo institucional e tão importante”, comenta Lorrany.

 

De fato, a Consulta à Comunidade Acadêmica é um importante instrumento para estudantes, professores e técnicos fazerem valer sua voz sobre a Universidade. “A consulta serve de insumo para entender em quais pontos a Universidade precisa melhorar e em quais pontos já avançamos. É uma avaliação que contempla desde políticas institucionais até infraestrutura", informa Andrea Cabello, diretora de Avaliação e Informações Gerenciais do Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DAI/DPO).

 

A diretora garante que o resultado da pesquisa influi no planejamento e na tomada de decisão dos gestores da instituição nos anos seguintes. “O resultado é publicado no Relatório de Autoavaliação Institucional. Iniciamos o relatório com um quadro de acompanhamento sobre melhorias sugeridas no ano anterior. Terminamos o documento com a sugestão de melhorias para o ano seguinte. Essas sugestões são colhidas por meio de ferramentas como a Consulta Acadêmica. O relatório é um dos instrumentos que orienta a gestão da Universidade”, detalha Andrea Cabello.

 

Participar da consulta é fácil. Tudo é feito pela internet, sendo que há um formulário específico para cada segmento: estudantes, docentes e técnicos administrativos. A pesquisa tem 15 perguntas para os dois primeiros segmentos e 14 para o último. Todos as questões envolvem a marcação de campos, não havendo itens discursivos, tornando mais rápido e fácil o preenchimento.

 

Mais recente no curso de Arquitetura e Urbanismo, a jovem Anita Chaves cursa o quarto semestre e também registrou sua opinião na pesquisa. “Além de contribuir com minhas respostas, foi uma oportunidade de me informar sobre projetos da instituição. Um dos itens era sobre o PDI, que eu nunca tinha ouvido falar. Agora já sei que existe”, menciona a acadêmica sobre o Plano de Desenvolvimento Institucional.

 

O servidor Moisés Pimentel respondeu à pesquisa em sua estação de trabalho. Foto: Audrey Luiza / Secom UnB
O servidor Moisés Pimentel respondeu à pesquisa em sua estação de trabalho. Foto: Audrey Luiza / Secom UnB

 

Técnico administrativo da UnB há seis anos, Moisés Eduardo Pimentel também participou da consulta pela primeira vez. “Entre as perguntas mencionadas, a que achei mais interessante de deixar minha avaliação foi sobre os sistemas introduzidos na Universidade. Eu peguei a época em que todos os processos tramitavam fisicamente. Então vejo que tivemos um grande avanço”, menciona o colaborador do Departamento de Matemática do Instituto de Ciências Exatas (IE).

 

A Consulta à Comunidade Acadêmica começou em 21 de outubro e segue disponível até 31 de dezembro de 2019.

 

ENTENDA – Realizada anualmente pela Comissão Própria de Avaliação (CPA), a consulta integra o processo de autoavaliação da Universidade e está prevista como instrumento do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). É também elemento incorporado às avaliações externas do Ministério da Educação (MEC), incluindo o processo de recredenciamento da UnB pelo órgão. 

 

Ao responder os formulários on-line, os participantes podem opinar sobre ações, serviços, políticas e questões relacionadas ao funcionamento da UnB no ano de 2019. Os itens contemplam temáticas, como gestão, atividades de formação, comunicação, infraestrutura, segurança, ações de capacitação e programas de apoio a estudantes. A consulta envolve a comunidade acadêmica na análise da atual situação da Universidade e na proposição de mudanças que possam contribuir para aprimorar a qualidade da instituição. 

 

Para facilitar o acesso às informações, os resultados serão compilados e divulgados no Relatório de Autoavaliação, produzido pela CPA. Análises mais detalhadas poderão ser obtidas durante visitas técnicas às unidades acadêmicas, realizadas por integrantes da comissão, no âmbito do Programa AvaliaUnB. A iniciativa estimula a aproximação com a comunidade, a partir da proposição de reflexões sobre informações coletadas nos processos avaliativos.

 

Participaram da última consulta 791 docentes, 820 técnicos e 1387 estudantes. “Em média 30% dos professores, 25% dos técnicos e quase dois mil alunos respondem ao formulário. É uma amostra considerável. Queremos convidar toda a comunidade a fazer parte desse processo. Nosso objetivo é ter um índice de participação crescente”, comenta Andrea Cabello.

 

A diretora menciona que “algumas pessoas não respondem porque acham que a pesquisa não terá resultados”. Entretanto, ela enfatiza que “os resultados são acompanhados e inseridos nos processos de gestão, tanto da administração central quanto das unidades acadêmicas individualmente”. É importante que o participante responda o formulário até o final para que a avaliação não fique incompleta. 

 

Doutoranda no Instituto de Ciências Política (IPOL), June Alves Arruda é representante discente na CPA. Ela explica que é  “por meio da Consulta que a CPA identifica a percepção da comunidade, inclusive diferenciando essa percepção por segmento e unidades”.  “Isso permite que a CPA volte sua atenção para os aspectos percebidos como críticos pela comunidade e recomende para a administração da UnB as melhorias necessárias”, acrescenta.

 

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