EXTENSÃO

Com atividades dinâmicas, espaço pretende garantir qualidade de ensino e ampliar a extensão universitária

Museu de Geociências está aberto à visita de estudantes de escolas públicas e privadas. Foto: Audrey Luiza/Secom UnB

 

Sempre de portas abertas no campus Darcy Ribeiro, o Museu de Geociências da Universidade de Brasília adotou recentemente a visita guiada como dinâmica de integração com a comunidade. Com programação personalizada, o espaço pretende atender a públicos diversos e mostrar seu potencial educativo para além da exposição de seu acervo em Geologia e Paleontologia.

 

As dinâmicas feitas pela equipe do museu são voltadas para crianças e adultos. Ainda, projetam a capacitação em cursos como Agronomia, Biologia e Museologia, assim como auxiliam professores e pesquisadores de diversos departamentos e institutos da UnB e de outras instituições.

 

Segundo o vice-diretor do museu e professor do Instituto de Geociências (IG), Ricardo Lourenço, as visitas guiadas são voltadas, sobretudo, às escolas públicas ou particulares que desejam complementar o conhecimento desenvolvido em sala. “Muitas dessas escolas não têm estruturas para oferecer aulas práticas. Então não se trata apenas de um passeio, mas de uma maneira de acrescentar ao que eles estão vendo em sala de aula por meio de um ambiente não formal de aprendizado, onde poderão, inclusive, manipular alguns materiais”, explica.

 

Para o docente, a iniciativa possibilita ganho mútuo pois, enquanto o público tem a oportunidade de ver na prática o conteúdo programático, os estudantes de graduação do IG têm a chance de atuar diretamente com a comunidade, reforçando o pilar da extensão universitária.

 

Com os resultados positivos alcançados pelo museu, o vice-diretor Ricardo Pinto e a servidora Flávia Fialho estão formalizando as oficinas educativas no Sistema de Extensão (Siex) da UnB. Foto: Audrey Luiza/Secom UnB

CIRCUITO COMPLEMENTAR As escolas que procuram o museu recebem um breve formulário, no qual esclarecem os motivos da visita. Por meio desse documento, é organizado um circuito personalizado, com atividades para estimular o raciocínio lógico e até práticas artesanais.

 

O trabalho é feito com o apoio de 15 estudantes, entre estagiários e prováveis formandos, que acompanham a jornada multidisciplinar, a começar pela apresentação dos meteoritos, seguida da exposição de rochas, minerais e fósseis. Quando atendem grupos maiores, as atividades são realizadas em cooperação com outros laboratórios da Universidade.

 

Para explicar o ciclo das rochas, por exemplo, a servidora Flávia Fialho, que é técnica de laboratório da área de biologia e atua no museu, propõe um diálogo sobre a diferença entre rochas e minerais. Exemplos mais próximos do imaginário infantil, como o uso de um imã para demonstrar os processos de magnetismo, também tornam as visitas mais lúdicas.

 

Com dobraduras de papel, são explicadas as propriedades de minerais como o diamante que, devido a sua dureza, não é riscado facilmente, além de seus hábitos, ou seja, o conjunto de formatos que eles podem assumir — quadrado, hexágono ou octógono. Após montadas, as réplicas de papel podem ser levadas pelos visitantes.

 

Com o uso de recursos pedagógicos, as atividades oferecidas buscam ampliar o interesse infantil nos acervos do museu. Foto: Audrey Luiza/Secom UnB

Flávia Fialho reconhece que o trabalho de qualidade só é possível graças ao empenho dos profissionais para aprimorar as atividades. “A intenção é buscar sempre a capacitação para melhorar a qualidade das informações prestadas, mas também manter o vínculo com pesquisadores e especialistas que estejam dispostos a contribuir com o conhecimento”, declara.

 

SERVIÇO O espaço fica aberto de segunda à sexta-feira, das 7h às 19h, no Instituto Central de Ciências (ICC) Centro. Para marcar visita guiada e/ou solicitar as oficinas, é necessário formalizar o pedido pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., com a indicação de data, horário, objetivo da ida, quantidade de participantes e nível de escolaridade, e aguardar o contato da equipe do museu. Em caso de dúvidas, é possível entrar em contato pelo telefone 3107 7002.

 

*estagiário de Jornalismo na Secom/UnB.

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