DIA DO LIVRO

Com foco em qualidade e no fomento a produções internas, órgão complementar da Universidade pretende publicar quase 40 obras até o fim de 2019

 

Títulos da Editora UnB podem ser adquiridos pelo público em geral. Comunidade acadêmica tem descontos. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

Nesta terça-feira (23), é comemorado o Dia do Livro. Na Universidade de Brasília, a Editora UnB (EDU) é responsável por dar vazão, neste formato, a inúmeras produções de professores e pesquisadores sobre assuntos variados, quase sempre ligados à ciência, à história e à educação.

Inserção no mundo digital, consolidação da marca, reconhecimento pela qualidade e presença cada vez maior em feiras literárias são desafios e realizações da EDU, 57 anos após sua criação. O órgão complementar da Universidade de Brasília foi pensado juntamente com as origens da instituição.

“Hoje possuímos um dos melhores catálogos de publicações universitárias”, comemora a diretora da EDU, Germana Henriques. Professora do Instituto de Letras, ela aponta a colaboração ativa de professores, pesquisadores e autores renomados – nacionais e estrangeiros – como elemento-chave para a boa imagem da editora.

“O prestígio da editora esteve abalado, mas ela tem se recuperado nas últimas gestões”, garante. Ações recentes levaram a EDU a aumentar seu número de vendas, entre elas a concessão de descontos mais vantajosos para aquisições de obras. Em 2017, 14 mil livros da editora foram doados com o intuito de ampliar a visibilidade dos produtos. “Quando o conhecimento é partilhado de forma pública, ampla e gratuita, ele chega ao seu fim, a emancipação”, considera a diretora, sobre a iniciativa e sobre a importância dos livros para a sociedade.

Livraria Universidade fica no Centro de Vivência do campus Darcy Ribeiro, ao lado do Banco do Brasil. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

Além das vendas pela internet, a Livraria Universidade, localizada no campus Darcy Ribeiro, é o principal espaço físico de venda da editora. Ali voltaram a ser comercializadas recentemente publicações de outras editoras, universitárias ou não. “Essas obras têm estimulado a visitação de um público mais diverso à livraria. Recebemos e analisamos obras adotadas por professores em disciplinas e feitas por editoras menores”, diz Germana.

Os decanatos de Pós-Graduação (DPG) e de Pesquisa e Inovação (DPI) da Universidade têm mantido parcerias com a editora para aumentar a produção de livros. Por meio de editais em conjunto, serão produzidas 29 obras ao longo de 2019; sete delas têm publicação prevista para o próximo mês.

“Já tínhamos o Selo Ensino de Graduação, e lançamos os selos UnB Pesquisa e UnB Livre, para produzir e-books de acesso aberto em parceria com a Biblioteca Central (BCE). Há oito publicações previstas para o início do próximo semestre”, antecipa. “Isso é ótimo porque possibilita o acesso gratuito ao conhecimento gerado pela Universidade, é nossa forma dar retorno à sociedade”, acrescenta Henriques.

Estender o alcance de todas as produções para os meios digitais é uma ambição da EDU. “A dificuldade maior é ter a versão destes documentos em tamanhos e formatos variados para serem baixados. Atualmente enviamos apenas no formato PDF, mas estamos em processo de especialização”, detalha a diretora.

Sobre as prioridades na hora de selecionar os materiais a serem publicados e a visibilidade que a editora confere à Universidade, Germana é enfática. “Na UnB, primamos pela qualidade e não pela quantidade. Por isso, focamos nas produções de autores de relevância e damos prioridade à produção interna, como prevê o regimento interno, segundo o qual servimos como suporte à produção científica feita pela instituição.”

Ela observa que universidades públicas com maior abertura à terceirização publicam até 50 títulos ao ano e que instituições privadas podem publicar mais de 100 títulos novos a cada período. Para a UnB, a estimativa é alcançar 39 obras em 2019.

Diretora da Editora UnB, Germana Henriques. Em suas mãos, exemplar de livro recentemente adicionado ao catálogo da editora: a tradução de Quem canta o Estado-Nação, de Judith Butler e Gayatri Spivak. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

A Editora UnB tem intensificado sua presença nas feiras literárias. “Para a Feira do Livro de Brasília compramos um espaço de 40 metros quadrados. No ano passado vendemos muito bem, fizemos lançamentos e promovemos debates”, conta Germana.

Neste mês de abril, a editora esteve na II Feira de Livros da Unesp, e pretende comparecer em outras mais. “Quando não podemos ir devido aos custos, participamos por meio da Associação Brasileira de Editoras Universitária (ABEU), para manter as publicações em catálogo”, detalha.

DIA DO LIVRO – Em congresso promovido pela Unesco, em 1995, o dia 23 de abril foi escolhido como Dia Mundial do Livro. A data corresponde à morte de escritores de destaque na literatura mundial, William Shakespeare e Miguel de Cervantes.

Em abril, o Brasil também comemora o Dia Nacional do Livro Infantil. O dia 18 foi escolhido como forma de homenagear a contribuição feita por Monteiro Lobato à literatura infantil nacional.

O Dia Nacional do Livro é 29 de outubro. A data está relacionada à fundação da Biblioteca Nacional, em 1810. No Brasil daquele período já eram publicadas edições produzidas nacionalmente, graças ao funcionamento da Imprensa Régia, no Rio de Janeiro.

 

 

*estagiário de Jornalismo na Secom/UnB.

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