Andrey Rosenthal Schlee
O dia 21 de maio de 2014 ficou marcado pelo falecimento de um dos mais importantes arquitetos do Brasil. Passados oito anos, a data nos permite, saudosamente, relembrar do ser humano ímpar que foi o professor João da Gama Filgueiras Lima, o Lelé. Figura com expressiva contribuição no campo da arquitetura internacional e que deixou um especial legado para a Universidade de Brasília.
Nascido em 10 de janeiro de 1932, portanto há 90 anos, Lelé participou, lado a lado com tantos candangos, do esforço de construção de Brasília. Inaugurada a Capital, esteve na linha de frente da jovem UnB, atuando na consolidação do curso de Arquitetura e Urbanismo. Os tempos eram outros, acreditava-se no Brasil e apostava-se na cultura, na ciência e na educação.
De suas obras, o Campus Darcy Ribeiro está repleto. Com Oscar Niemeyer, desenvolveu o icônico ICC, os delicados pavilhões de serviços gerais (SG 1, 2, 4, 8 e 10) e o antigo Instituto de Teologia (Secretaria de Educação do DF). Em carreira solo, nos presenteou com os blocos residenciais da Colina Velha, os inventivos galpões da Faculdade de Tecnologia (SG 9, 11 e 12), além, é claro, do simbólico Beijódromo, sede da fundação que leva o nome do fundador da Universidade.
Por tudo isso, e certamente muito mais, Lelé recebeu o título de Professor Emérito, em 2005.
Para relembrá-lo, reproduzimos o artigo O Lelé na UnB (ou o Lelé da UnB), originalmente publicado na coletânea Olhares – Visões sobre a obra de João Filgueiras Lima (Editora da UnB, 2010).
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