OPINIÃO

 
Caroliny Victoria dos Santos é graduanda em Enfermagem - Estagiária da Sala de Situação - Voluntária ProEpi
 
 
Matheus Funke Spinelli é graduando em Saúde Coletiva - Estagiário da Sala de Situação - Voluntário ProEpi
 
 
 
Beatriz Vieira do Nascimento é graduanda em Saúde Coletiva - Estagiária da Sala de Situação  - Voluntária ProEpi
 
 
Lorena Tavares de Oliveira é graduanda em Enfermagem - Estagiária da Sala de Situação  - Voluntária ProEpi
 
 
João Luis Santana Nascimento é graduado em Geografia - Extensionista da Sala de Situação
 
 
Amanda Gomes dos Santos é graduanda em Medicina Veterinária - Extensionista da Sala de Situação - Voluntária Proepi
 
 
 
Carolina Barros de Oliveira é graduanda em Matemática, Universidade de Brasília - Estagiária da Sala de Situação - Voluntária ProEpi
 
 
 
Ingrid da Mata é graduanda em Medicina - Estagiária da Sala de Situação
 

 

José Antonio Iturri de La Mata é graduado em Medicina Humana - Universidade Peruana Cayetano Heredia, mestre em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz e doutor em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro na área de Políticas Públicas, Planejamento e Administração em Saúde. Atualmente é professor da Universidade de Brasília / Faculdade de Ceilândia (FCE/UnB). 

Caroliny Victoria dos Santos Silva; Matheus Funke Spinelli; Beatriz Vieira do Nascimento; Lorena Tavares de Oliveira; João Luis Santana Nascimento; Amanda Gomes dos Santos; Carolina Oliveira Barros; Ingrid da Mata; José Iturri

 

O aplicativo Guardiões da Saúde foi idealizado como uma tecnologia de vigilância epidemiológica gratuita para dispositivos móveis, com o intuito de estimular a vigilância participativa e ativa em saúde. Foi criado pela Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo (ProEpi) em 2007. Recebeu atualizações em virtude da atual pandemia de covid-19 que exige um planejamento em saúde ágil e oportuno. Os usuários cadastrados têm a oportunidade de reportar diariamente seu estado de saúde e, se registrarem um conjunto determinado de sintomas, podem ser classificados como sintomáticos para a covid-19. O projeto de implantação e desenvolvimento é uma parceria da ProEpi e a Sala de Situação/Faculdade de Ciências da Saúde/UnB.


Até julho de 2021, 28.029 pessoas instalaram o aplicativo, a maioria estudantes de graduação residentes no Distrito Federal (DF). O registro da situação de saúde desses usuários é armazenado em um banco de dados e a equipe de Vigilância e Análise de informações do projeto traduz esses dados em informações para diversos segmentos. Uma vez gerada a planilha com dados de caracterização dos usuários, tais como gênero, faixa etária, grupo de risco, região de residência e situação de saúde, se organizam as informações para a elaboração de representações gráficas e geoespaciais.


Como produto da análise da base de dados, são disponibilizados Boletins epidemiológicos, direcionados para a sociedade, Boletins institucionais, com enfoque nos estudantes da Universidade de Brasília e Boletins gerenciais, disponibilizados para as gerências dos serviços de Saúde do SUS. As análises são refinadas constantemente para aperfeiçoar as informações divulgadas. Desse modo, a missão de atualizar os usuários do aplicativo semanalmente está ligada a necessidade de estimular a participação, bem como fornecer informações confiáveis e provocar no usuário um senso de responsabilidade perante a saúde do coletivo, já que, além de informado pode também ser um disseminador do conteúdo.


Para tanto, a detecção digital de sintomáticos por meio da vigilância participativa possui um grande potencial para construir cenários epidemiológicos com a participação da população, e desse modo se antecipar às fontes tradicionais de informação. Isso porque, quando há uma demora na alimentação dos Sistemas de Informação do SUS das notificações de casos de covid-19, pode se atrasar a tomada de decisão. Nesse contexto, estratégias de vigilância favorecem a detecção oportuna de sinais de alerta para a ocorrência de surtos da covid-19 em diferentes áreas, incluindo as universidades, já que é um ambiente que contempla espaços com pessoas que residem em localidades distintas.


A equipe de Vigilância e análise de informações chama à atenção para a importância da participação dos usuários diariamente no aplicativo. A população, estudantes e servidores tornam-se sujeitos ativos na promoção da própria saúde e ainda contribuem com informações para o monitoramento da saúde pública com grande potencial para que a gestão e os serviços de saúde se antecipem a eventuais surtos e sejam capazes de criar estratégias e elaborar planos de contingência em situações de crise.

ATENÇÃO – O conteúdo dos artigos é de responsabilidade do autor, expressa sua opinião sobre assuntos atuais e não representa a visão da Universidade de Brasília. As informações, as fotos e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seu conteúdo.