OPINIÃO

Maria Vitória da Cruz Bezerra é aluna de graduação do curso de Saúde Coletiva/FS e estagiária da CoAVS.

 

Bárbara Lima Gontijo é aluna de graduação do curso de Saúde Coletiva/FS e estagiária da CoAVS.

 

 

José Antonio Iturri de La Mata é graduado em Medicina Humana - Universidade Peruana Cayetano Heredia, mestre em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz e doutor em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro na área de Políticas Públicas, Planejamento e Administração em Saúde. Atualmente é professor da Universidade de Brasília / Faculdade de Ceilândia (FCE/UnB).

 

 

 

Maria Vitória da Cruz Bezerra, Bárbara Lima Gontijo e José Iturri

 
O Guardiões da Saúde é um aplicativo gratuito para dispositivos Android e iOS, reformulado para o enfrentamento da pandemia de covid-19, oferece funcionalidades de vigilância epidemiológica participativa e de divulgação de informações confiáveis. O usuário – além de receber notícias e dados fiáveis – registra diariamente seu estado de saúde e, se reporta sintomas compatíveis, pode ser considerado, por meio de um algoritmo, como caso suspeito recebendo orientações gerais para essa situação. O projeto de implantação, desenvolvimento e adaptação do Guardiões na UnB e outras comunidades durante a atual emergência sanitária é uma parceria entre a Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo (PROEpi) e a Sala de Situação/Faculdade de Ciências da Saúde/UnB.


As ações de Vigilância Ativa na UnB começaram em 2020 com apoio da Sala de Situação, em comunicações via e-mail. Desde abril de 2021 a vigilância ativa é a nova funcionalidade do aplicativo. As ações são assumidas pela Coordenação de Atenção e Vigilância em Saúde (CoAVS) da Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu) do Decanato de Assuntos Comunitários (DAC). Permite personalizar as informações oferecidas para o usuário que ao ativar essa funcionalidade, caso seja suspeito de COVID-19, será monitorado e orientado diariamente pela equipe de enfermeiras e técnicas em enfermagem da CoAVS as quais adaptam as orientações gerais à situação individual, mantendo total sigilo das informações do usuário.


Para se beneficiar da vigilância ativa é necessário instalar o aplicativo, realizar o cadastro e escolher a função. Os casos suspeitos chegam à enfermeira líder de equipe do Núcleo de Atenção e Vigilância em Saúde (NAVS), responsável por distribuir os casos entre as profissionais do time. Estas, monitoram diariamente esses casos por ligação telefônica, avaliando a evolução e o risco, aconselhando o usuário durante o período aproximado de dez dias que pode ser estendido se continuarem os sintomas ou interrompido se o usuário testar negativo.


As informações da vigilância ativa geram relatórios semanais de situação (SitReps) com indicadores relevantes para o controle da situação epidemiológica da população acadêmica (total de casos monitorados, número de registros, tabelas diárias contendo os casos suspeitos, ativos e confirmados por dia).


Desde abril mais de 190 pessoas foram acompanhadas pela vigilância ativa, recebendo orientações profissionais individualizadas, além disso, com as informações do serviço se monitoram os quatro campi observando a incidência de casos suspeitos, permitindo à equipe do Núcleo de Vigilância/CoAVS controlar possíveis surtos ao aplicar o protocolo de investigação de surtos nesses locais. Além disso se reúnem informações sobre possíveis contatos, acompanhando-os e indicando medidas de biossegurança para evitar novos casos. Todo o processo utiliza o software Go.Data.


A vigilância ativa é uma inovadora e importante ferramenta no cuidado da UnB com sua comunidade, contribuindo para rastreamento dos contatos e reduzindo a transmissão pelos campi.

 

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