OPINIÃO

Sérgio Ronaldo Granemann é diretor de Fomento à Iniciação Científica da Universidade de Brasília. É mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina e em Ciências Econômicas pela Universidade de Aix-Marselha, na França, além de doutor em Ciências Econômicas também pela instituição francesa. 

Sérgio Granemann, Carmenísia Jacobina Aires, Rozana Reigota Naves, Dâmaris Silveira, Kênia Mara Baiocchi de Carvalho

Cristina Célia Silveira Brandão, Luiz Fernando Roncaratti Junior

 

“Você pesquisa? Então...mostre!”


Com esta frase de autoria do professor Luiz Fernando Las Casas* pode-se dizer que ocorreu o surgimento institucional da iniciação científica na Universidade de Brasília. Na ocasião, a frase compunha o cartaz de divulgação do 1º Seminário de Pesquisa na Graduação, que foi realizado entre 30 de janeiro e 01 de fevereiro de 1991.


A iniciação científica já vinha sendo desenvolvida na Universidade de Brasília antes desse marco temporal. Muitos professores e pesquisadores já incluíam estudantes de graduação em seus projetos, para promover a iniciação à pesquisa desde essa etapa da educação superior. Porém, as iniciativas eram mais relacionadas a grupos de pesquisas específicos ou a pesquisadores individuais do que a uma política institucionalizada e ampla para a iniciação científica.

 

Após outros dois seminários de pesquisa, organizados em 1992 e 1993, em 1995, ocorreu o 1º Congresso de Iniciação Científica da Universidade de Brasília. A partir dessa primeira iniciativa, os congressos de iniciação científica têm ocorrido anualmente. E, em 2004, a organização do Congresso da UnB começou a ocorrer de forma concomitante ao Congresso de Iniciação Científica do DF, propiciando a troca de experiências entre estudantes e pesquisadores da UnB e estudantes e pesquisadores de outras instituições de ensino superior do DF.

 

Em 2021, a UnB sediará o 27º Congresso de Iniciação Científica da UnB e o 18º Congresso de Iniciação Científica do DF. A expectativa é que a participação seja de cerca de 2.500 estudantes e pesquisadores. O prognóstico é que o Congresso será realizado de forma virtual, como foi o anterior, e tal fato configura um desafio, que envolve o estímulo aos bolsistas e pesquisadores para participarem de forma efetiva. Além disso, há todo um planejamento específico para programar as apresentações virtuais dos conferencistas e estudantes.

 

Ao longo de todo esse tempo, a iniciação científica na UnB veio se aperfeiçoando. institucionalmente. Entretanto, nos últimos quatro anos, houve uma grande mudança de perspectiva, sustentada por três pilares: qualidade das pesquisas e de seus resultados – o que já era uma característica do Programa; maior inclusão de docentes, estudantes e técnicos administrativos; construção coletiva de um programa que atende aos anseios e interesses da comunidade universitária.

 

Comecemos pelo último, a construção coletiva. Para isso, é necessário um breve resgate da recente história do Programa de Iniciação Científica (ProIC).

 

No início de 2017, a comunidade universitária clamava pela reestruturação do modelo de iniciação científica. De um lado, eram questões afetas a editais, processos seletivos, critérios de avaliação, acompanhamento dos projetos, entre outros aspectos. De outro, aquelas referentes à modernização do sistema de gestão dos processos, dado que o antigo sistema de gestão, o Sibolweb, já não atendia satisfatoriamente aos anseios e demandas da comunidade.

 

Identificado o problema, os comitês Assessor e Gestor do ProIC debruçaram-se sobre o assunto e decidiram criar três comissões, por cada área do conhecimento (Artes e Humanidades; Ciências da Saúde e da Vida; Ciências Exatas e Tecnológicas), para debater; discutir; propor critérios, normas e soluções para a reformulação do programa institucional.
 

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