OPINIÃO

Claudia Naves David Amorim é professora Associada, Diretora de Pesquisa do Decanato de Pesquisa e Inovação e coordenadora do Laboratório de Controle Ambiental (LACAM) da Universidade de Brasília.

Claudia Naves David Amorim

 

A pesquisa da Universidade de Brasília cresce em quantidade e qualidade, assim como a infraestrutura que lhe dá suporte. Crescem o número de publicações, o impacto de citações e a inserção dos docentes da Universidade como pesquisadores de renome, além da internacionalização. Destaque-se o impacto positivo desse crescimento sobre Brasília, tanto na formação de profissionais quanto nas pesquisas sobre problemas locais e nas intervenções concretas na cidade. Alguns dados mostram a força da pesquisa na Universidade de Brasília:

 

Plural e diversificada. Há excelência em Ciências Médicas e Biológicas, nas Ciências Exatas e em Ciências Humanas, como atestam os resultados do último ranking Times Higher Education (THE), organização britânica que avalia instituições em nível global. A UnB figurou a partir da posição 401 e é 5ª melhor do país em Artes e Humanidades, além de ser a 8ª melhor universidade brasileira no ranking global, considerando todas as áreas.

Qualificada e de alto nível. A produção científica da UnB, de 2013 a 2018, alcançou 20.232 publicações em periódicos qualificados, quase a metade (42%) nos estratos superiores do Qualis/CAPES (A1 a B1), considerando as bases de dados Scopus, Web of Science e Scielo (Extrator Dados Lattes/DGP, 2019). Outro dado importante é que 21% dos docentes da UnB são bolsistas de produtividade do CNPq, um selo de qualidade para os pesquisadores.

Muito internacionalizada. De fato, 53% das 20.232 publicações mencionadas são resultantes de pesquisas em parceria internacional, superando em muito a média nacional, que é de 30% (Clarivate Analytics, 2019).


Visível e impactante. Além do crescimento quantitativo da produção científica, com um aumento de quase 20% de 2012 a 2019 (Scival, 2019), o impacto normalizado por citação (que mensura quantas vezes a publicação foi citada) teve incremento de quase 100%, passando de 0,75 em 2013 para 1,45 em 2016 (Scival, 2017).


Grupos de Pesquisa. A UnB possui hoje mais de 600 grupos de pesquisa certificados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, em várias áreas do conhecimento, além de 4 coordenações de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), também do CNPq, compondo um portfólio de produção de conhecimento em constante evolução e aprimoramento, interagindo e intervindo na qualidade de vida da sociedade em geral, através das pesquisas. Os INCTs visam agregar, de forma articulada, as melhores pesquisas na fronteira da ciência e em áreas estratégicas. No caso dos INCTs coordenados por docentes da UnB, os temas são estudos geotectônicos, inclusão no ensino e na pesquisa, nanobiotecnologia e observatórios das dinâmicas socioambientais. Estes, juntamente com os grupos de pesquisa, agem impulsionando a pesquisa científica básica e fundamental competitiva internacionalmente e a pesquisa científica e tecnológica de ponta, incentivando a formação de redes, parcerias institucionais e a abordagem multidisciplinar em temas estratégicos para a realidade do país e da cidade.


Infraestrutura. A UnB também possui infraestrutura de pesquisa sólida e abrangente, com 686 laboratórios, 67 núcleos e 33 centros de pesquisa. Distribuídas por toda a universidade, há outras 46 infraestruturas de apoio, como bibliotecas, biotérios, usinas, fábricas, viveiros, museus, coleções e outros. Entre os laboratórios de pesquisa, 96 prestam serviços tecnológicos para a sociedade ou são ligados à inovação em diversas áreas e 45 laboratórios são multiusuários, atendendo a mais de uma unidade acadêmica e assim otimizando o uso dos recursos e equipamentos de alta complexidade disponíveis. Destaca-se o crescimento expressivo nas últimas duas décadas, com aumento quantitativo de mais de 100% dos laboratórios – em 2001 a UnB possuía 324 laboratórios (Anuário Estatístico, 2001).  


Essa grande infraestrutura, que engloba espaço físico, equipamentos, conhecimento e recursos humanos de alto nível, incluindo os grupos de pesquisa e INCTs, é o esteio da produção científica, cultural, artística e tecnológica da Universidade. A partir das condições criadas pela Lei de Inovação, esse ambiente pode ser compartilhado com o setor produtivo e a sociedade em geral, ancorando e apoiando as iniciativas de empreendedorismo e inovação.  
A UnB tem realizado ações para, cada vez mais, dar visibilidade a essa grande estrutura de recursos materiais e humanos, colocando-se de forma transparente e disponível para a sociedade. Todos os dados sobre a infraestrutura de pesquisa e inovação da UnB podem ser consultados nos links  http://pesquisa.unb.br/ e http://inovacao.unb.br/.


Às vésperas do 60° aniversário de Brasília, é preciso considerar o grande número e as fortes vinculações entre a história da cidade e a história da Universidade, além dos grandes impactos que essa diferenciada e robusta estrutura de pesquisa (além de ensino e extensão), cuidadosamente estruturada por mais de 5 décadas, trouxe e ainda trará na formação de quadros, nas pesquisas aplicadas em temas de interesse local, nas intervenções na cidade e nas colaborações com a indústria e os governos federal e do DF.


Brasília é UnB e a UnB é de Brasília.

 

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