OPINIÃO

Eduardo Bessa Pereira da Silva é professor da Faculdade UnB de Planaltina. Redige o blog Ciência à Bessa na rede Scienceblogs Brasil e é membro do comitê educacional da Animal Behavior Society.

Eduardo Bessa

 

Neste mês de maio, aconteceu o Festival Pint Of Science, que colocou a ciência em evidência na noite brasiliense ao trazer para o mesmo ambiente cientistas e o público interessado nos mais recentes avanços científicos.

 

Já em sua segunda edição em Brasília, o evento distribuiu-se por cinco bares, dois a mais que em 2017, e atraiu um público recorde de 1826 participantes em quinze bate-papos.

 

Há muito mais por trás desses números, vi garçons e cozinheiros vidrados nas apresentações, pedestres que interromperam seu passeio para ver o que um cientista falava num bar, a plateia comovida ao saber que a conexão entre a microcefalia e o Zika vírus só foi possível graças a uma mãe que deu acesso a seu bebê natimorto para pesquisadores. Eram pessoas das mais diferentes formações e níveis de conhecimento, mas todas estavam realmente engajadas com a ciência.

 

Alguns dos temas de maior repercussão foram “Por que as mulheres sofrem tanto no amor?”, discutido com grande interação com o público pela professora Valeska Zanello, do departamento de Psicologia Clínica da UnB; “Astronomia no cotidiano”, apresentado pelo professor Paulo Brito e Adriano Leonês, respectivamente da UnB e do Planetário de Brasília; e “Medicina canabinoide”, desenvolvido pelo professor do Instituto de Ciências Biológicas da UnB, Renato Malcher.

 

Estiveram envolvidos no festival pesquisadores da UnB, Universidade Católica de Brasília, Fiocruz, Embrapa e Ibict.

 

A professora Elisabeth Ferroni do Departamento de Fisiologia da UnB e uma das coordenadoras do evento destacou: “Tivemos nos três dias pessoas que não são da academia participando dos bate-papos. Demos uma oportunidade para esse contato com a ciência de uma forma descontraída, nossos palestrantes incorporaram esse espírito”.

 

Apesar do ambiente informal do Festival, sua organização demandou trabalho intenso de uma equipe de 26 voluntários que cederam um tempo precioso para tornar a ciência mais acessível. Não há dúvida de que o esforço foi recompensado.

 

Esse ano terminou, mas em 2019 o Pint of Science voltará à Brasília!

 

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